O tempo é como uma corda de nylon,
Apoiando-se em dois pontos,
O início e o fim,
Produz música ou ruído
Consoante a perícia dos dedos que a tocam
Muito frouxa esbate-se
Muito esticada fere
E somente na dose certa
É que faz realmente sentido
Há uma música dos Xutos chamada, "sou bom..." E é dessa forma que muitas vezes as pessoas se propõem exprimir-se, manifestar-se. Querem ser boas, não interessa o quê, nem no quê, querem ser boas, simplesmente. Mas pensemos, bom, em que medida? Em que escala? Apenas consigo ser bom, comparativamente a algo ou alguém menos bom. Então na realidade, este posicionamento é meramente uma auto-afirmação, provavelmente causada por baixa auto-estima. Por outro lado, comparar alguma coisa ou algo revela-se uma falácia, porque cada coisa ou pessoa tem idiossincrasias diferentes, timings de vida diferentes, empatias distintas que o posicionam de forma diferente na sociedade, história familiar, contextos variados, perspectivas e milhares de pequenos e importantes detalhes. A comparação, em justiça, não é possível. Comparar revela ignorância e discriminação. Seria melhor posicionarmo-nos em fazer um bom trabalho, porque o bom trabalho está mais ligado à nossa prestação em sociedade...
Quando era criança, pensava que eu era o centro do mundo. Era como se girasse tudo à minha volta. Mais tarde, na adolescência, percebi que era somente uma pequeníssima parte desse mundo, como um pequeno grão isolado numa praia imensa. Hoje, sinto-me de volta às origens. Não da mesma forma. Aprendi que o mundo e a percepção do mundo são a mesma coisa. E se sou eu, quem gera a percepção, então eu crio o meu mundo... e assim voltei para o centro. Espero que a minha percepção vá evoluindo. Até lá regozijo-me no filme "A vida é bela", talvez o meu favorito, que exemplifica tão bem esta realidade.
Fala-se muito de liderança! Mas o que é ser um Líder? Há quem diga que é ser proactivo. Ou reservado, como que ocultando o seu verdadeiro potencial. Há quem diga que é pela força interior, o que quer que isso seja. Ou pela franqueza de assumir as próprias fragilidades. Há quem diga que é pela assertividade. Ou pela flexibilidade de comportamento. Após alguma refexão, para mim ficou claro. Para ser líder não é preciso nada, apenas dar o exemplo.
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