O que a morte tem a ver com sucesso!




A cultura são os costumes que os nossos antepassados tinham e que chegam até nós moldando a nossa percepção do mundo. 
Conversar sobre a morte é um assunto frágil para algumas pessoas. Porém, não deveria ser. 
O nascimento e a morte são interdependentes. 
 De forma realista no seu livro “Viva Mais e Melhor”, o filósofo DeRose alerta-nos: “É lei da Natureza. Tudo o que já viveu já morreu ou vai morrer. Só nos resta aceitar graciosamente a realidade.” 

 Este ponto é óbvio! Ou devo dizer, intelectualmente é totalmente compreendido e aceite. 
Em uma visão estatística e real, o final de tudo, pode ser enquanto está a ler estas palavras. Nada inédito! Ou na melhor das hipóteses, daqui a 20, 30 ou 40 anos. Em 100 anos todos os bilhões de pessoas do planeta estarão mortas. 
Olhe à sua volta, todas as pessoas, de todas as cidades e locais terão morrido. A razão para reforçar esta circunstância é porque intelectualmente ela é óbvia. Porém, é raro que seja consciente no dia-a-dia. 

Vamos a um exemplo prático. Pense no último conflito que teve com alguém. Um conflito que tenha sido significativo!
 Identifique como foi o seu comportamento. 
 A pergunta chave é: - Se soubesse que a pessoa iria morrer no minuto seguinte, a sua reação teria sido a mesma? 
E se fosse 1h? 
E 1 ano? 
Excluindo relações de ódio, pessoas saudáveis, normalmente, mudam a sua atitude naquele conflito. 

Foi o seu caso, verdade? 

 Não importa a quantidade de tempo, se é 1 segundo ou 40 anos. Pela consciência da finitude quer dos outros, quer de si próprio, a nossa perspectiva sobre as situações muda. 

A consciência da mortalidade é uma variável crítica para a valorização deste amontoado de mudanças, que sob a nossa perspectiva chamamos vida. A vida e qualquer qualquer definição de sucesso que tenhamos! 

Sem ela, entramos em discussões, lutas, projetos, atitudes com baixíssima sabedoria. Atitudes completamente desconectadas do fato que tudo pode terminar a qualquer momento. 

Quanto mais sábia a pessoa se torna, mais preparada está para esse momento fatal, que todos partilhamos. Todas as espécies, incluindo a espécie humana. E mais tolerantes, assertivas e claras se tornam as nossas escolhas, que deixam de ser permeadas pelo que os outros acham, ou por emoções momentâneas, ou ainda por visões limitadas e de curto prazo. 

Como o filósofo DeRose refere e que foi o meu intuito com este texto: 

Sempre que eu abraço um amigo ou ente querido, eu aplico a vacina “besame mucho”. Sabe como funciona? 

Olho para cada pessoa, para os meus cães, para mim mesmo com o dispositivo de segurança “como se fuera esta noche la última vez” (livro “Viva mais e melhor”). 

 Para viver a vida de forma inteligente é necessário que as nossas atitudes estejam temperadas com graciosidade por esse momento final.

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